terça-feira, 17 de novembro de 2009

Implantação da República


Em início do século XX, Portugal vivia uma situação económica difícil, como no resto da Europa, traduzindo-se em falências de bancos e empresas, quebra de investimentos, desvalorização da moeda, inflação, aumento dos impostos e do desemprego…
O agravamento das condições de vida, essencialmente do operário e das classes médias, gerava grande descontentamento nesses estratos populacionais. A descrença no regime monárquico português com o Ultimatum Inglês (1890) quando a Inglaterra, então uma das grandes potências mundiais, exigiu que as colónias deviam ser geridas por países capazes de tal (“Mapa Cor-de-Rosa” – Conferência de Berlim).
A primeira tentativa de implantar a República em Portugal, verificou-se no dia 31 de Janeiro de 1891, uma revolta motivada pela humilhação da população em relação ao Ultimatum.
Apesar do fracasso, os partidários republicanos aumentaram. O Governo ditatorial de João Franco (1907) e as longas ausências do rei D. Carlos, nas suas caçadas no Alentejo, agravaram ainda mais o descontentamento e sofrimento do povo.
O regicídio, em pleno Terreiro do Paço quando o monarca regressava de Vila Viçosa no dia 1 de Fevereiro de 1908 pronunciou a queda da monarquia portuguesa.
Assim, com a Revolução de 5 de Outubro de 1910, o regime republicano implantou-se em Portugal. Os revolucionários, chefiados por Teófilo Braga formaram o Governo Provisório, que acumulava essas funções com as de Presidente da República. O primeiro Presidente da República a ser eleito seria Manuel de Arriaga.
Implantada a República em Portugal esta procurou manter-se fiel aos princípios enunciados na campanha:
1) Respeito pela tradição municipalista, considerada a base de toda a organização política.
2) Implantação da democracia política e económica;
3) Efectivação da laicização social com o combate ao poderio religioso em todos os sectores da vida civil, nomeadamente no ensino.

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